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Inteligência Emocional

Todos os dias lidamos com emoções: com as nossas e com as dos outros. Na nossa infância aprendemos muito pouco acerca das emoções. Temos muitas dificuldades em exprimi-las e em lidar com elas. Como seres sociais que somos, temos que saber comunicar, cooperar, ser capazes de gerir conflitos associados ao confronto com uma perspetiva diferente da nossa. Para tal, temos de conseguir despir a nossa pele e encarar a perspetiva do outro diferente de nós - com pensamentos, sentimentos, expectativas e crenças diferentes. Gerir relações implica reconhecer emoções em nós e nos outros, saber ler expressões e entender situações, utilizando as emoções como um facilitador do pensamento. Em suma, temos de ser social e emocionalmente competentes.

Daniel Goleman refere que a Inteligência Emocional é capacidade que uma pessoa tem para reconhecer e identificar as suas próprias emoções e as dos outros. Esta inteligência pode-se aprender e treinar, estando demonstrado que está altamente relacionada com o êxito profissional/académico e com menores níveis de stress.

Saber ouvir o outro, compreender as emoções alheias, controlar as suas próprias emoções, saber comunicar e promover o respeito mútuo de forma a melhorarem e potenciarem os seus resultados escolares e resolverem os conflitos de forma autónoma são objetivos da minha prática pedagógica. Considero que trabalhar a Inteligência Emocional desde a idade pré-escolar vai permitir que as crianças estejam mais bem “equipadas” face às exigências do futuro.

Na minha sala pratico uma comunicação consciente: falo na primeira pessoa e digo o que estou a sentir relativamente a uma determinada situação: “Estou orgulhosa do vosso trabalho!”, “Estou frustrada, estou a tentar conversar com vocês e vocês não estão em silêncio.” Quando há conflitos entre elas (crianças) procuro que elas se ponham na pele do outro e pergunto-lhes: “O que achas que ela está a sentir?” Quando uma criança não está a controlar as suas emoções pode ir para o “Cantinho da Calma”.

O que é o Cantinho da Calma? À luz da Psicologia Positiva este espaço substitui a “cadeira” do pensamento. O que tem de diferente? É um lugar confortável e calmo que é decorado com a ajuda das crianças. Para ele construímos dois potes da calma e mais tarde eu construí outros dois. É um local que tem como intenção que as crianças se sintam melhores, mais tranquilas e não castigadas. Quando estão em modo “birra” ou mesmo descontroladas, levo-as até ao sofá e sento-me a conversar sobre o que está a acontecer. Também costumo sugerir: “Olha, estás muito nervosa, acho que precisas de ir para o Cantinho da calma respirar e acalmar.”

Inicialmente este cantinho foi olhado como um castigo, hoje as crianças sabem que é apenas para ficar mais tranquilo e que quando os convidamos a ir estamos conscientes das suas dificuldades e que queremos saber o que está a acontecer e não a recriminar o comportamento. Também já há quem vá por iniciativa própria e esteja lá a observar os potes ou a acariciar os peluches que lá temos.

Trabalhar as emoções desde pequeno permite que em idade adolescente e adulta saibam ser empáticos, saibam controlar as suas emoções, saibam olhá-las com curiosidade, saibam enfrentar os desafios da vida com tranquilidade.




 
 
 

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